Todo colega meu de formação musical mais completa ou de
gosto mais apurado torce o nariz quando ouve a expressão “funk carioca”. Da
mesma forma que, se fosse nos anos 90, o faria para os grupos de pagode e para
as boy bands americanas. Eu, particularmente, acostumei-me a ter amigos MC’s,
discotecar o estilo em festas para as quais fui contratado, ficar por dentro
dos lançamentos sem querer, graças aos carros com trio elétrico (ou “som pra fora”,
como preferirem), mesmo que o pendrive do som do meu carro só tenha rock, jazz,
MPB, flamenco, lounge, entre outros estilos mais alternativos.
Mas dá pra “interpretar” um funk? Dá pra dizer que é uma
música com “conteúdo”?